O mercado de Fundos Imobiliários é sensível e diretamente afetado pelo cenário econômico e político vigente. A interação entre esses dois aspectos fundamentais pode moldar significativamente o desempenho e os retornos desses investimentos.
Primeiramente, a Selic desempenha um papel crucial. Esta taxa de referência da economia brasileira influencia diretamente o fluxo de dinheiro disponível no mercado de capitais. Quando a Selic está mais alta, há maior dificuldade para captações em emissões de cotas de Fundos Imobiliários, por exemplo. Além disso, os investidores exigem retornos mais elevados, em função do patamar da taxa livre de risco.
Isso pode pressionar os rendimentos dos Fundos Imobiliários, uma vez que os gestores enfrentam maiores desafios na busca por oportunidades de investimento atrativas. Em paralelo à Selic, o CDI – índice frequentemente usado como indexador de contratos e dívida, e que tende a acompanhar o patamar da Selic – impacta diretamente fundos de investimentos que o utilizam como índice de reajuste.
Além disso, a inflação também é um fator determinante para os Fundos Imobiliários. Nos fundos de tijolo, por exemplo, os contratos de locação muitas vezes estão sujeitos a ajustes inflacionários. Com a variação da inflação, os retornos desses fundos podem ser afetados positiva ou negativamente. Para os fundos de papel, tem-se a mesma relação, por conseguinte, as distribuições aos cotistas é bastante impactada, como explicitado no gráfico abaixo, que apresenta a relação entre resultados dos ativos de dívida do KNIP e seus proventos mensais, fundo de papel indexado ao IPCA.
O cenário político também desempenha um papel crucial. Alterações nas políticas monetárias e fiscais pelo Banco Central, como políticas contracionistas ou expansionistas, influenciam diretamente em fatores como a Selic, quantidade de moeda circulante na economia, entre outros, e, consequentemente, a dinâmica do mercado de capitais. Mudanças nas expectativas de inflação, muitas vezes moldadas por políticas econômicas, também têm um impacto direto nos retornos e na atratividade desses investimentos.
Um exemplo recente da influência do cenário político no mercado foi a decisão em uma reunião extraordinária do CMN (Conselho Monetário Nacional) que restringiu o escopo para originação de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Essa medida, caso fosse continuada, implicaria em uma grande mudança de estrutura para os fundos imobiliários, que teriam que se ajustar rapidamente para se adaptar ao novo ambiente regulatório e de mercado.Portanto, fica claro que o mercado de fundos imobiliários é dinâmico e altamente sensível às condições econômicas e políticas. Os investidores e gestores desses fundos devem estar atentos e adaptáveis às mudanças nesses cenários para maximizar os retornos e minimizar os riscos associados a esses investimentos.
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